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Uma jornada no abismo

A internet oferece um sistema de entrega para os estados patológicos da mente.
(Phillip Adms, apresentador e autor australiano).

Você pensava que conhecia a internet, mas você não conhece. você se distrai, dia após dia, assistindo a vídeos no YouTube, postando atualizações de status no Facebook e comprando na Amazon, acreditando que está em um vasto paraíso online, mas não está.Desde a primeira vez que se aventurou online, você só visitou a superfície da web. Esteve preso em um jardim murado, cuidadosamente manipulado e bem cuidado apenas para você, enquanto aqueles que conhecem a verdade entraram na Matrix, o outro mundo online. Essa é a internet que a maioria de nós nunca verá. Ela tem muitos nomes: Deep Web, Dark Net, Secret Web, submundo digital e internet invisível, para citar apenas alguns. Essa é a internet paralela, aonde o Google definitivamente não o levará.

A Deep Web tecnicamente se refere aos recursos de informação online que motores de buscas como o Google, Yahoo! e Bing não podem indexar, pois são protegidos por senha, ou está por trás de paywalls (Clique aqui para saber o que é paywalls) ou requerem um software especial para o acesso. Já que o sofisticado rastreador web do google que procura por todos os conteúdos na internet não tem a capacidade de escrever, ele não pode digitar senhas, completar CAPTCHAS ou registrar-se em sites privados; portanto não pode catalogar vastas extensões da informação do mundo. Grande parte do material não indexado da Deep Web encontra-se em bases de dados acadêmicos. Masss além do mundano, existe o material muito mais obsceno. 

Surpreendentemente a Deep Web é quinhentas vezes maior que a superfície da web que usamos e pesquisamos todos os dias. Enquanto a Deep Web contém 7.500 terabytes de informação, o universo "pesquisavel" pelo Google contém apenas 19 terabytes. De acordo com um estudo publicado na revista Nature, o Google captura não mais que 16% da superfície da web e ignora toda a Deep Web. Como resultado, ao fazer uma pesquisa no Google, vemos apenas 0,3% (uma em cada 3 mil páginas) da informação que realmente existem e estaria disponível online se soubéssemos como obtê-la, Em outras palavras, uma pesquisa no Google ignora 99% dos dados da World Wide Web. Uma pesquisa hoje na web equivale a pescar apenas nos 50 centímetros, nas profundezas dos mares. Para o intrépido, existe um equivalente digital da ossa das Marianas, um verdadeiro tesouro de dados à espera para ser explorado.

Nesse submundo digital existe um mundo oculto, uma comunidade menos mais significativa, onde os vilões se unem com um propósito comum de fazer o mal. Bem vindo à Dark net, também chamada de Dark Web, um vasto submundo digital, dentro da Deep Web, onde hackers, gângsteres, terroristas e pedófilos fazem seu trabalho. A Dark Net detém alguns dos maiores segredos que a internet pode oferecer e, como os becos e os bazares do mercado negro de qualquer cidade é grande, é onde os criminosos se conectam e conduzem suas atividades ilegais. A Dark net usa criptografia peer-to-peer de retransmissão especificamente criados para ocultar os endereços IP's dos usuários, proporcionando uma plataforma anônima, não rastreável e segura para os criminosos se comunicarem e realizar transações, sem medo de interferência governamental ou corporativa.

Ainda não comentei aqui no blog quais os softwares ideais para acessar a Deep Web porém o navegador TOR está entre os mais populares e mais utilizados, mas, ele tem concorrentes como; Freenet e o Invisible internet Project (12P). Existem web sites que fazem diversos tipos de ações ilegais no submundo digital, como Slik Road(Já caiu), Black Market Reload, OpenMarket, Sheep MarketPlace, agora, BlackBank, Atlantis e Pirate Market; novos cansais surgem e desaparecem  diariamente. É importante ressaltar que os criminosos, como todos os bons empresários, aprendem com os erros do passdo e, assim, depois da queda do Silk Road, uma nova geração de bazares da Dark net emergiu em seu lugar, como destaque para o DarkMarket.

Para ajudar criminosos e hackers novatos a navegar na Dark Web, os mercados ilícitos criaram wikis úteis - ou "Crimeopédias" -  organizados por categoria, com links para outros sites .onion. As categorias incluem hackers, phreaks, anarquia, warez, vírus, drogas e pornografia, cada um com um link e descrições de seus conteúdos. Mesmo com a ajuda de Wikis, a dark net pode ser um desafio de navegação e encontrar a droga, a ajuda de Wikis a Dark netpode ser um desafio de navegação, e encontrar a droga, a arma ou o assassino que vc está procurando pode ser difícil. Assim, em meados de 2014, hackers altamente inovadores criaram o proprio motor de busca distribuído da Dark Web, conhecido como Grams. Modelado a partir do Google, o Grams só pode ser acessado em um navegador anônimo. Para fazer uma busca por contrabando no Grams basta, basta digitar a palavra-chave e pesquisar simultaneamente em oito marcadores negros divididos por bens de serviço. O motor de busca retorna o nome do vendedor e permite a comparação de produtos. Assim como o Google, possui um botão "Estou com sorte" , que pode levar o usuário a um site de "Cristais de metanfetamina de alta qualidade". Como um protótipo do google voltado ao crime, o Grams também aceita publicidade, e vários cartéis podem competir pelos clientes por meio da compra de palavras-chave de busca. É isso mesmo, uma pesquisa por "Heroína marrom do Afeganistão" no Grams retornará todos os resultados disponíveis na Dark Web, mas os membros da Crime S.A que pagarem uma taxa terão os resultados de busca listados mais acima, exatamente como os patrocinadores no Google. O fato de o Grams oferecer um programa de Adwords para o submundo digital demonstra a sofisticação técnica e a apurada visão de negócio da Crime S.A.

Embora a busca suportada por anúncios tenha chegado ao submundo digital, nem todos os comerciantes ilícitos se interessaram por ela, já que, assim, podem ser facilmente localizados pelas massas criminosas e, por extensão, pelas agências policiais. Por isso, nas áreas mais exigentes da Dark Web, como no mundo real, os criminosos online precisam ser apresentados e receber um aval antes que possam realizar transações. Lá,  "a distribuição de bens e serviços é organizada em milhares de salas de chat e fóruns ilícitos somente para convidados". Para acessar o mais exclusivo desses domínios ilícitos,é preciso estar munido de um endereço alfanumérico secreto, que não é catalogado ou listado em qualquer outro site online, mas passado de pessoa para pessoa. Alguns fóruns criminais, como o site russo de carders, o Maza, um enorme site de troca de cartões de créditos roubados, evitam aspirantes a seu mundo clandestino a menos que sejam unanimamente aprovados por voto pelos membros sêniores da organização e somente após um período de espera de oito dias. Uma vez que você é aceito no mundo da elite digital do crime, o mundo é seu.

Navegar na cornucópia de artigos ilícitos e proibidos que está disponível no submundo digital é como uma descida lenta pelos nove círculos do inferno de Dante, e cada passo leva a um abismo mais assustador e perturbador. O que se segue é apenas uma amostra superficial de bens e serviços disponíveis nos ressesos mais sombrios da internet, listados do banal ao horrível.


 Caso se interesse e queira copiar coloque a fonte. 

Boa parte desse texto eu retirei do livro FUTURES CRIME. (Marc Goodman) 

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